terça-feira, 27 de julho de 2010

Nada é impossível

Saudações, queridos leitores! Venho aqui anunciar o meu plano para o início desse segundo semestre: conseguir me tornar um blogueiro famoso. Afinal, como diz o título desse post: nada é impossível! E como eu acredito nessa frase, espalharei meus textos por todo o Rio de Janeiro (que é a cidade onde vivo) no intuito de fazer do nada uma celebridade. Riam o quanto quiserem. Até porque todo mundo riu quando o Breno Silveira disse que iria fazer um filme sobre o Zezé di Camargo e o Luciano e depois acabaram inundando as salas de cinema e fazendo do filme um sucesso. Pois bem, tomando isso como pressuposto, declaro que não ligo para as gozações. Se a Sabrina Sato consegue entrevistar celebridades hollywoodianas sem ao menos falar inglês, então porque eu não conseguiria virar um blogueiro famoso? De maneira extremamente existencialista confesso que acabei por achar que o meu futuro não depende de sorte. E que não preciso passar a vida inteira postando num blog que só consegue comentários se eu divulgá-lo exaustivamente em comunidades de blogs do Orkut. Inúmeros são os exemplos de pessoas que tinham sonhos absurdos e que conseguiram vencer na vida. Quentin Tarantino era um nerd atendente de locadora e hoje é um dos diretores mais cultuados do cinema, a Susan Boyle era uma velha encalhada e hoje ganha rios de dinheiro, o Sílvio Santos era o único judeu pobre que eu já ouvi falar. Sem contar com os milhares de exemplos de pessoas limitadas por alguma deficiência física que conseguem feitos incríveis. Creio que os homens sejam capazes de chegar aonde querem. É preciso apenas dedicação. Claro que no meu caso eu não preciso ser como o Einstein que nem penteava o cabelo para dedicar mais tempo aos seus estudos. Finalizando o post quero definir um prazo para os meus objetivos. Dezembro de 2010 para conseguir ser um blogueiro famoso, Julho de 2011 para conseguir ser roteirista e Dezembro de 2011 para conseguir lançar o meu livro. Não vou deixar nada para 2012 porque o mundo pode acabar né? Afinal, nada é impossível...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

"Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia...".


O nada desse post tem o objetivo primordial de esclarecer que nada se repete na natureza. E como dizia Laviosier: “Na natureza nada se perde, tudo se transforma”. Tomando isso como pressuposto digo o mesmo em relação à sociedade. E antes de desenvolver o tema quero dizer que o motivo para esse texto é o anacronismo do qual eu mesmo sinto que estou sofrendo. Pois recentemente vi no YouTube uns vídeos de um rapaz que virou hit na internet: Felipe Neto( que acaba por ser tão toscos quanto os seus alvos de críticas). E constatei que algumas das mediocridades que ele diz, eu mesmo me surpreendo por concordar. Mas a verdade é que por vezes acabamos parecendo com os nossos pais ou avós que vivem reclamando dos novos tempos, julgando os deles como os melhores. Talvez seja involuntário que a maioria dos jovens com mais de vinte anos que tiveram a germe das suas juventudes vividas nos anos 90, achem os anos 2 mil uma idiotice tremenda. Basta conversar com algum cara que foi fã de Legião Urbana, que ouviu Nirvana e Pearl Jam e usou calças rasgadas e camisas surradas, e perguntar sobre o que ele acha dessa juventude que oscila entre o emo e o cluber. Que cantam as letras do Fresno, ou de alguma outra bandinha do momento pensando ouvir a coisa mais profunda do mundo. A verdade é que o tempo passou para nós, jovens dos anos 90, e que por mais que não sejamos capazes de assumir. Temos preconceito contra os jovens de hoje em dia, assim como o meu pai que na minha adolescência dizia que os meus ídolos grunge eram um lixo, pois maneiro mesmo era a Jovem Guarda. Sem perceber acabamos nos tornando reacionários. Não de maneira tão fundamentalista como a Igreja Católica que proíbe métodos contraceptivos ou algumas doutrinas cristãs protestantes que obrigam suas fiéis a usar a mesma indumentária de 2 milênios atrás. Mas por não entender o porquê da maioria dos adolescentes tirarem 300 mil fotos de si mesmos em frente o espelho nos seus solitários banheiros ou quartos e fazerem álbuns em sites de relacionamentos para divulgar suas sessões narcisistas. Ou então porque existe tanta gente querendo tirar a roupa na internet. Mas o que temos que refletir é sobre quais condições sócio-econômicas e políticas essa juventude está vivendo. Será que a gente não faria o mesmo nos anos 90 se tivesse uma câmera digital em mãos ao invés de uma máquina analógica? Afinal, quem se arriscaria revelar esse tipo de foto num estúdio? E que atire a primeira pedra a mulher que quando adolescente não fez um ensaio fotográfico na Glamour Photo Studio. Como eu disse antes, as coisas se repetem, porém de maneira diferente. Com isso podemos concluir que os jovens de um certo modo são condicionados a agirem de acordo com o que a sociedade está vivendo e são os mais afetados pelas transformações do mundo. Afinal, a adolescência segundo os intelectuais, ao menos existe. Pois ela é uma criação da burguesia que a utilizou para desenvolver o capitalismo e atender aos seus próprios interesses. Sendo assim, os nossos jovens são um reflexo do sistema econômico que vivemos atualmente. Talvez seja triste para mim e para outros nostálgicos que rezam para que na música surja um novo Renato Russo ou um novo Cazuza, mas a verdade é que os tempos precisam mudar novamente para isso. E mesmo assim o ocidente não é adepto do tradicionalismo. Sendo assim, o melhor a fazer é não torcer para que surjam clones dos nossos ídolos, pois poderiam ser monstros inomináveis. Afinal, muita gente acreditou que a Avril Lavigne era a nova Alanis Morissette. O legal da juventude é que ela está sempre à frente, se transformando numa rapidez assustadora. O que me leva a crer que, pela graça de Deus, as modinhas tem cada vez menos tempo de vida na Terra.