sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Você não vale nada, mas eu gosto de você

Que atire a primeira pedra quem nunca se interessou por alguém que não vale nem um peso argentino. Isso não significa que todos nós sejamos tão ordinários a ponto de sucumbir ao charme de pessoas desprovidas de caráter. E mesmo que por uma vez ou outra a gente caia em tentação, não precisamos nos considerar adeptos da semvergonhice. Porque isso, meus caros, até Freud explica. Como dizia o neurologista tarado, que assim como o meu sobrinho na puberdade, via sexo em tudo:” o homem é um ser que age por impulsos sexuais”. Ele divide a consciência humana em três partes: o Id que é a parte selvagem e perversa; o Superego que é contrário ao Id, pois se trata dos princípios morais e éticos; e o Ego que é uma intermediação entre os dois. Sendo assim, um indivíduo que possui uma boa índole é aquele que tem as três partes da consciência equilibradas. Porém esse indivíduo não é tão atraente quanto aquele em que o Id prevalece em sua consciência. Parece besteira, mas é só analisar os fatos. Novamente que atire a primeira pedra o homem que nunca fitou os olhares sobre uma mulher gostosona e nem reparou naquela amiga gentil e simpática, de beleza inferior que estava do lado dela. E que atire a primeira pedra a mulher que desprezou o papo de um cara inteligente e sensível quando o seu amigo do lado, mais forte e sexy, começou a lhe dar mole. Se fosse feita uma estatística sobre qual o percentual de homens de boa índole que sempre tem um encontro no sábado à noite ou que conseguem beijar uma dúzia de mulheres numa festa e  dos que usam o charme como objeto de conquista e escondem sua canalhice atrás de um lindo sorriso Colgate. Poderíamos concluir que é dos canalhas que elas gostam mais. Até porque a maioria dos homens bonzinhos tiveram adolescências terríveis cujas únicas parceiras sexuais foram suas mãos calosas durante anos. A verdade é que por mais que a gente queira dar uma de decorador e valorizar a beleza interior das pessoas, a nossa libido não deixa. Basta lembrar que a maioria dos homens heteros só tem como amigas mulheres pouco atraentes. E que a maioria das mulheres dispensa aqueles homens que não tem “pegada”, sem contar que não há romantismo capaz de disputar com o dote de um sujeito abençoado pela natureza. Novamente recorrendo a Freud que em sua psicanálise dizia que um homem possui no seu inconsciente todos os seus desejos reprimidos por uma inaceitação cultural. E que muitas vezes acabamos agindo com o que ele chama de “transferência”, que é a transposição desses desejos para outras coisas. Ou seja, se você assiste um filme pornô, você está transpondo para o filme toda a sua perversão presa no seu inconsciente. Então se você se considera uma pessoa decente, saiba que sem um pouco de lascívia você terá sérios problemas de arrumar um encontro. Sendo assim, aos homens solteiros, caprichem no estilo latin lover, e às mulheres, façam a linha femme fatal e vão a caça. Ou se você é casado, entenda que todo relacionamento precisa de um pouco de semvergonhice para sobreviver. Sugiro então que caprichem no poli dance ou nas fantasias eróticas que sempre aparecem em liquidação nas sex shops. Afinal, numa sociedade pós-moderna, fazer pose de santinho não dá mais certo. Isso me leva a crer que ninguém jogou pedra na Jeni porque, no final das contas, todo mundo era um pouco como ela.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Nada é impossível

Saudações, queridos leitores! Venho aqui anunciar o meu plano para o início desse segundo semestre: conseguir me tornar um blogueiro famoso. Afinal, como diz o título desse post: nada é impossível! E como eu acredito nessa frase, espalharei meus textos por todo o Rio de Janeiro (que é a cidade onde vivo) no intuito de fazer do nada uma celebridade. Riam o quanto quiserem. Até porque todo mundo riu quando o Breno Silveira disse que iria fazer um filme sobre o Zezé di Camargo e o Luciano e depois acabaram inundando as salas de cinema e fazendo do filme um sucesso. Pois bem, tomando isso como pressuposto, declaro que não ligo para as gozações. Se a Sabrina Sato consegue entrevistar celebridades hollywoodianas sem ao menos falar inglês, então porque eu não conseguiria virar um blogueiro famoso? De maneira extremamente existencialista confesso que acabei por achar que o meu futuro não depende de sorte. E que não preciso passar a vida inteira postando num blog que só consegue comentários se eu divulgá-lo exaustivamente em comunidades de blogs do Orkut. Inúmeros são os exemplos de pessoas que tinham sonhos absurdos e que conseguiram vencer na vida. Quentin Tarantino era um nerd atendente de locadora e hoje é um dos diretores mais cultuados do cinema, a Susan Boyle era uma velha encalhada e hoje ganha rios de dinheiro, o Sílvio Santos era o único judeu pobre que eu já ouvi falar. Sem contar com os milhares de exemplos de pessoas limitadas por alguma deficiência física que conseguem feitos incríveis. Creio que os homens sejam capazes de chegar aonde querem. É preciso apenas dedicação. Claro que no meu caso eu não preciso ser como o Einstein que nem penteava o cabelo para dedicar mais tempo aos seus estudos. Finalizando o post quero definir um prazo para os meus objetivos. Dezembro de 2010 para conseguir ser um blogueiro famoso, Julho de 2011 para conseguir ser roteirista e Dezembro de 2011 para conseguir lançar o meu livro. Não vou deixar nada para 2012 porque o mundo pode acabar né? Afinal, nada é impossível...

quarta-feira, 21 de julho de 2010

"Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia...".


O nada desse post tem o objetivo primordial de esclarecer que nada se repete na natureza. E como dizia Laviosier: “Na natureza nada se perde, tudo se transforma”. Tomando isso como pressuposto digo o mesmo em relação à sociedade. E antes de desenvolver o tema quero dizer que o motivo para esse texto é o anacronismo do qual eu mesmo sinto que estou sofrendo. Pois recentemente vi no YouTube uns vídeos de um rapaz que virou hit na internet: Felipe Neto( que acaba por ser tão toscos quanto os seus alvos de críticas). E constatei que algumas das mediocridades que ele diz, eu mesmo me surpreendo por concordar. Mas a verdade é que por vezes acabamos parecendo com os nossos pais ou avós que vivem reclamando dos novos tempos, julgando os deles como os melhores. Talvez seja involuntário que a maioria dos jovens com mais de vinte anos que tiveram a germe das suas juventudes vividas nos anos 90, achem os anos 2 mil uma idiotice tremenda. Basta conversar com algum cara que foi fã de Legião Urbana, que ouviu Nirvana e Pearl Jam e usou calças rasgadas e camisas surradas, e perguntar sobre o que ele acha dessa juventude que oscila entre o emo e o cluber. Que cantam as letras do Fresno, ou de alguma outra bandinha do momento pensando ouvir a coisa mais profunda do mundo. A verdade é que o tempo passou para nós, jovens dos anos 90, e que por mais que não sejamos capazes de assumir. Temos preconceito contra os jovens de hoje em dia, assim como o meu pai que na minha adolescência dizia que os meus ídolos grunge eram um lixo, pois maneiro mesmo era a Jovem Guarda. Sem perceber acabamos nos tornando reacionários. Não de maneira tão fundamentalista como a Igreja Católica que proíbe métodos contraceptivos ou algumas doutrinas cristãs protestantes que obrigam suas fiéis a usar a mesma indumentária de 2 milênios atrás. Mas por não entender o porquê da maioria dos adolescentes tirarem 300 mil fotos de si mesmos em frente o espelho nos seus solitários banheiros ou quartos e fazerem álbuns em sites de relacionamentos para divulgar suas sessões narcisistas. Ou então porque existe tanta gente querendo tirar a roupa na internet. Mas o que temos que refletir é sobre quais condições sócio-econômicas e políticas essa juventude está vivendo. Será que a gente não faria o mesmo nos anos 90 se tivesse uma câmera digital em mãos ao invés de uma máquina analógica? Afinal, quem se arriscaria revelar esse tipo de foto num estúdio? E que atire a primeira pedra a mulher que quando adolescente não fez um ensaio fotográfico na Glamour Photo Studio. Como eu disse antes, as coisas se repetem, porém de maneira diferente. Com isso podemos concluir que os jovens de um certo modo são condicionados a agirem de acordo com o que a sociedade está vivendo e são os mais afetados pelas transformações do mundo. Afinal, a adolescência segundo os intelectuais, ao menos existe. Pois ela é uma criação da burguesia que a utilizou para desenvolver o capitalismo e atender aos seus próprios interesses. Sendo assim, os nossos jovens são um reflexo do sistema econômico que vivemos atualmente. Talvez seja triste para mim e para outros nostálgicos que rezam para que na música surja um novo Renato Russo ou um novo Cazuza, mas a verdade é que os tempos precisam mudar novamente para isso. E mesmo assim o ocidente não é adepto do tradicionalismo. Sendo assim, o melhor a fazer é não torcer para que surjam clones dos nossos ídolos, pois poderiam ser monstros inomináveis. Afinal, muita gente acreditou que a Avril Lavigne era a nova Alanis Morissette. O legal da juventude é que ela está sempre à frente, se transformando numa rapidez assustadora. O que me leva a crer que, pela graça de Deus, as modinhas tem cada vez menos tempo de vida na Terra.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Isso não quer dizer nada


Muitas vezes me peguei refletindo sobre o porquê as pessoas cismam em dizer que conhecem as outras só pela aparência ou pelo jeito. E cheguei a conclusão de que isso precisaria ser discutido no blog. Consequentemente não me utilizo muito do senso de humor para tratar do tema. Pesquisei um pouco para que esse post viesse com uma base teórica que fomentasse as idéias aqui tratadas. Sendo assim, busquei ajuda na psicologia. Pois então, caros leitores. Todo mundo sabe que a sociedade não evolui junto com as ciências humanas. Na psicologia descobri que existe uma escola de pensamento chamada behaviorismo, ou seja, a teoria comportamental. Esta já ultrapassada em termos científicos. Mas como foi citada anteriormente, a sociedade não evolui junto com as ciências humanas. Sendo assim, vamos aos tão saborosos exemplos. O fato de um homem ser gay não significa que ele seja sensível e fraco. O que diríamos dos travestis que mais parecem lutadores de vale-tudo ou pit-boys? Ou então dos bombeiros dos Estados Unidos que dominam a parada gay da cidade de São Francisco? Ou seja, o homem não pode ser definido somente pelo seu comportamento( este não só a forma de agir, mas de se vestir e os trejeitos que caracterizam alguém). Os seres humanos não podem ser estudados pelas estatísticas das pesquisas do “Fantástico” que sempre soam extremamente deterministas. Voltando ao ramo da psicologia, a escola de pensamento mais aceita atualmente é a TCC (Teoria Cognitiva Comportamental), falando português, é uma teoria que estuda o corpo e a mente. Sendo assim, cada ser é único, e não existe como reduzí-lo a um esteriótipo. O problema é que ainda estamos presos a eles. Basta ver que a alfândega dos Estados Unidos sempre barra um sujeito que tenha a pele parda e seja barbudo, pensando logo se tratar de um terrorista. Mas nem tudo é o que parece. Afinal, nem todo nerd é virgem ou encalhado, nem toda mulher pra ser gostosa tem que ter necessariamente dois neurônios, e tristemente dizendo, nem todo padre tem uma vida sexual inativa. A verdade é que a todos os dias podemos nos surpreender com as exceções. Basta lembrar da Igreja Contemporânea que a cada dia recebe mais um homossexual querendo louvar a Deus e salvar sua alma. E, além disso, querendo casar na igreja conforme manda o figurino. Ou então ver na TV alguma história de superação estilo “Joseph Klimber” de um homem tetraplégico que pinta com a boca ou de um japonês que virou garoto de programa pra sobreviver. O negócio é se desfazer dos esteriótipos. Afinal, eu não sou um bom escritor só por ser jovem? Isso não quer dizer nada.

sábado, 22 de maio de 2010

Falar muito e não dizer nada



É com grande poder dialético cognitivo que venho tratar de um tema deveras importante: a arte de falar muito e não dizer nada. Para os que pensam que isso é fácil, vou logo pedindo para que tirem seus eqüinos da chuva, porque é preciso ter muita técnica para atingir a tal patamar da falta de conteúdo. Ou você acha que os pseudo-intelectuais não ralaram para chegar a ser o que são? Ora bolas, caros leitores desse blog “tão produtivo”. Não quero tratar aqui de pessoas comuns como jogadores de futebol que dão sempre a mesma resposta para todas as perguntas e não dizem nada de interessante. Eles falam pouco e não dizem nada. Mas venho falar daquele querido amigo da faculdade que rouba pelo menos vinte minutos da aula pra expor suas opiniões. Fala, fala, e fala, e no final das contas ninguém entendeu bulhufas. Ou então repetir em outras palavras, estas sempre rebuscadas, tudo o que o professor acabou de dizer. Esse mal afeta até mesmo os escritores sem inspiração, como o ex-bom autor de novelas Manoel Carlos, cujas personagens femininas falam muito e não dizem nada. Afeta a mim, universitário preguiçoso que encho lingüiça nas provas e por vezes até me dou bem. E até mesmo estudantes esforçados que precisam escrever suas monografias e que a esticam de todas as formas, pondo uma dedicatória imensa, agradecendo até o papagaio, e estendendo o desenvolvimento até onde não der mais para enrolar. E o que dizer da Luciana Gimenez com seus convidados pseudo-intelectuais (um travesti, uma dançarina, um ex-ator global falido, uma mulher fruta e alguma outra celebridade falida que fez um filme pornô) discutindo algum tema polêmico da sociedade? Isso é uma arte! Não é qualquer um que pode dar uma de Silvio Santos, apresentar o mesmo programa dos últimos vinte anos no final de semana, fazer as brincadeiras mais batidas, não dizer nada de construtivo e conseguir prender a atenção de milhões de donas de casa. E outras dezenas de programas dominicais que tenham o mesmo estilo. Como último exemplo e com maior destaque, palmas ou vaias, como quiserem, para os bispos da igreja universal que reúnem milhares de pessoas dentro de alguma igreja imensa cuja obra se realizou graças a sua formidável eloqüência de falarem muito e não dizerem nada. E mesmo assim conquistarem a cada segundo mais uma pobre alma que dá até o seu dinheiro da passagem em troca de uma benção. Ou você acha que não foi preciso muito trabalho para que o R.R. Soares se tornasse o homem que mais aparece( e mais fala) na TV brasileira? Pois bem, meus caros. É preciso muita cautela para que se use essa poderosa ferramenta que pode te transformar num ídolo ou num ser humano indesejável em qualquer ambiente. O segredo é encontrar aquele sujeito que sabe menos que você. É se meter na discussão de indivíduos analfabetos funcionais desprovidos de senso crítico, poder falar tudo o que você quiser e no final da conversa sair com fama de intelectual. Capriche na retórica e leia muito o dicionário para empregar palavras complicadas, que mesmo que não expressem o que você quer dizer, fiquem bonitas na frase. Afinal, se for falar muito, tem que falar bonito.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Nada para fazer



Depois de um hiato em que quase terminei com o “Crônicas sobre o nada”, decidi ressuscitá-lo. Confesso que sou apaixonado pelo nada e que o motivo de ter abandonado minha tão querida verve que gerou esse blog, foi a minha maldita preguiça. Nem mesmo foi a falta de inspiração, pois ainda estou cheio de idéias para novos posts. Mas o problema é que a falta de ter o que fazer me deixou acomodado. E para não quebrar o meu tão querido ócio, não postei mais nada. Mas... Agora que me dispus a voltar a escrever, decidi falar sobre o motivo que me fez parar. A FALTA DE TER O QUE FAZER! Isso não é um problema só meu, pois acredito que afeta a mais da metade da população mundial, e filosoficamente falando, achei o principio desse mal. Reza a lenda que Deus criou tudo do nada. Logo ele não tinha nada para fazer. Piorando ainda mais a situação ele criou o homem. E este por sua vez, sem nada para fazer na terra, pediu a Deus que lhe desse uma companheira. Aí veio a mulher. Adão e Eva sem nada para fazer no paraíso acabaram fazendo o que não presta. E nós, segundo a bíblia, meros mortais, ainda pagamos pelos erros do casal. Através desses exemplos posso deduzir que quando você não tem nada para fazer, coisa boa não vai sair. Afinal, o ócio pode até ser produtivo, mas no momento em que se produz algo ele deixa de ser ócio e você logo está fazendo alguma coisa. O que quero tratar nesse post é do nada como matéria-prima da vagabundagem. Como a razão de você sentar no sofá, zapear pelos canais no domingo à tarde e engordar 5 quilos no final de semana. O mais perigoso na falta de ter o que fazer é que quando você encontra algo que possa ser realmente produtivo, o espírito da vagabundagem já tomou conta do seu corpo. Ele não te deixa levantar do sofá mesmo que você saiba que precisa fazer aquela resenha da faculdade, ou estudar para uma prova importante. E quando o estágio da possessão está mais avançado, ele não deixa você ler mais nenhum texto que precisa para assistir a aula do professor mais rigoroso e te faz dormir injetando na sua alma o sono mais profundo que nem a mosca Tsé-tsé seria capaz de injetar. Fazendo com que isso se torne um ciclo vicioso e que você perca o controle da sua vida. Então, falando por experiência própria, livrem-se desse mal. Olhem-se no espelho e se verem que estão com cara de jovens idosos, com uma barriga de homem aposentado, e se sentirem preguiça até em falar com um amigo ou explicar algo que aconteceu durante o seu dia. Dirijam-se a primeira igreja universal que verem aberta, ou ao primeiro pai de santo, ou ao primeiro centro espírita, ou para aqueles são ateus, ao primeiro terapeuta. Porque senão o espírito da vagabundagem irá dominá-los de tal maneira que depois será difícil vencê-lo. E terminarão como eu, que mesmo estando em tratamento, tenho os meus momentos de abstinência. Em que, por exemplo, estou há um mês tentando tomar coragem de ir no barbeiro da esquina para cortar o cabelo.